Cancelamento na internet: você sabe o que é e como isso pode afetar a vida de todos nós? Confira!
  segunda, 19/04/2021, às 10:04

Cancelamento na internet: você sabe o que é e como isso pode afetar a vida de todos nós? Confira!

Desde pautas de fato relevantes até motivações banais: absolutamente tudo hoje em dia pode fazer com que internautas se voltem de maneira agressiva e excludente contra determinado alvo. E, quando isso acontece, o que resta é uma espécie de “marginalização” deste com relação à sociedade, seja de forma provisória ou até mesmo de forma definitiva.

Por essas e outras muitos debates (muito necessários!) em torno de temas como racismo, xenofobia, homofobia, machismo, sexismo (dentre muitos outros) não raras vezes têm vindo à tona. No mundo de hoje, no qual é crescente o número de pessoas que vêm passando por uma desconstrução social – por meio da qual determinadas práticas, conceitos e pensamentos (outrora aceitos) passaram a ser totalmente combatidos e rechaçados – essa “cultura do cancelamento” veio, a princípio, para educar. Mas, por outro lado, ela também vem sendo usada em alguns casos por motivações ilógicas (por exemplo: o simples fato de alguém falar mal ou dizer que não gosta de um determinado cantor muito famoso já pode ser suficiente para que haja o “cancelamento” deste alguém).

Como a cultura do cancelamento pode nos afetar? 

Todos nós, em algum momento, podemos fazer parte deste cenário que tem a “cultura do cancelamento” como base. Nesse sentido, podemos ser um dos acusadores de plantão, ou sentarmos no “banco dos réus” enquanto esperamos a sentença a ser proferida por aqueles que nos julgam com base em algum possível “deslize” nosso no meio social. Decerto todos nós temos o direito de emitirmos opiniões sobre um determinado assunto. Mas usá-las para rotular pessoas realmente não tem como ser algo saudável, tampouco coerente (uma vez que, como se sabe, a perfeição no âmbito humano não passa de uma utopia).    

Dessa forma, o “cancelamento na internet” é bem diferente das famosas “trollagens” que são tão comuns (e muitas vezes igualmente repreensíveis) na internet. Em casos de “cancelamentos” o que se vê (via de regra) é uma proliferação de ofensas sistematizadas, acompanhadas de boicotes e de exclusão – e não brincadeiras de gosto duvidoso (como costumam ser as “trollagens”). Pessoas famosas têm sido envolvidas com maior frequência nesse contexto, mas anônimos também têm sido alvos. Ou seja, a “cultura do cancelamento” não poupa ninguém.

Conclusão: por que a “cultura do cancelamento” é ruim?

Em não raras vezes, o “cancelado” passa a ter sérios problemas de cunho emocional. A sensação de abandono, os ataques contra a honra e a própria essência do indivíduo (desconhecida na sua quase totalidade por parte de quem a julga) podem gerar danos profundos e, quem sabe, até mesmo irreversíveis nestes. Por outro lado, os “canceladores” tendem a andar de mãos cada vez mais dadas com parâmetros como intolerância e preconceito e indo, desse modo, na contramão do esquecido intuito educativo por meio do qual foi concebida inicialmente essa tal “cultura do cancelamento”.

Ao invés da condenação que tal oferecer acolhimento?

Se algo que alguém fez foi equivocado, ou mesmo de mau gosto, há maneiras civilizadas de se abordar este alguém para ajudá-lo a refletir sobre seu suposto erro. Empatia e perdão são peças-chaves nesse contexto. A busca pelos debates saudáveis é sempre muito bem-vinda, ao contrário da busca por massacres de acusações nos quais sequer parecem existir direitos à defesa. Em resumo, somos todos imperfeitos: os “canceladores” de hoje podem ser os “cancelados” de amanhã.     

 

 

 

 

 

 

 

 

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